Calor latejante que adentra
a parte mais secreta de mim
Impulso de vida
com as mãos molhadas de suor
preparo meu coração para ser quebrado novamente
de forma crua e com pouca castidade
seguro as mãos de outra mulher
cometo o melhor pecado
e as memórias ruminantes
dos dedos em minha carne
que me lembram prazer
visão distorcida da realidade
que me faz enxergar sonhos
e sinto o coração
queimando na brasa
chamas que incendeiam no calor do corpo dela
Impulso de morte
sinto em meus nervosos
nas mãos secas
do tempo paralisado
as brisas batendo no silêncio que permeia
não no silencio da boca ofegante
que descansa no opio do meu corpo
com os olhos que brilham e que falam
no repouso que conversa
e que não invade